... tudo parado. O ar espesso como óleo, difícil, atinge os poucos alvéolos úteis. Fôlego. Vida. Talvez um pouco mais, talvez muito mais. Reis que gritam nas caixas de som incentivam, atormentam, inundam de prazer rápido e imediato a mente disposta (e a não disposta) a ouvi-los. Um breve sopro de vida, uma idéia que nunca irá para o papel, um choro, um riso, sirene, personagens inconscientes que não marcam, existem sempre mas não marcam. Tudo por um instante parado é uma pintura, em movimento filme, o real – fotografia, vida, armazenada diferente, cada um com a sua mas sempre a mesma. O pano de fundo é imóvel, imutável, mas colorido por cada um se transforma em realidades diferentes de uma só. Vento (novidade), sentidos, cheiro, gosto. Também são os mesmos, característicos, mas como podem ser diferentes. Sinais, surpresas, parte do real e parte do irreal constroem a consciência e tudo isso por um momento faz sentido...
... tarde de verão.
... tarde de verão.
Um comentário:
E ai Muri!
Muito interessante teu blog! Vou passar aqui direto para dar uma lida nestes devaneios da calada!
Aquele abraço!
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