A grande evidência do Século XXI é que vivemos um mundo de ilusão. Ilusão do emprego, de país, de liberdade. O povo é levado pelo discurso oficial a dar graças a Deus por um salário de fome. Os escravos negros do Brasil Colônia e Império lutavam, ou pelo menos, queriam a liberdade. Nós, os escravos modernos, desejamos do fundo do coração a escravidão.
A verdadeira educação, libertária, é trocada por um ensino mercadológico e ilusionista. O tal “mercado de trabalho” é uma mentira. Os alunos de escolas e faculdades recebem cérebros pré-fabricados para o consumo de antidepressivos em função do futuro desemprego. Esses pelo menos ainda são considerados os remediados. O povo de verdade não tem nenhuma expectativa.
O paradoxo das elites é que elas incentivam e condenam o caos. Se o lucro da grande empresa diminui de 10 para 9 milhões, a sociedade recebe uma nova leva de desocupados. Ao mesmo tempo, o pânico toma conta dos carros importados através de manchetes sangrentas nos jornais. A lógica é: a empresa demite, o Estado encarcera. Essa mesma elite, com suas festas regadas a champagne e cocaína, fica muito preocupada quando seus bandidos vão para a cadeia. Como pode o grande empreendedor que construiu aquela maravilha da destruição ambiental chamada Costão do Santinho ir para o xadrez? Pior, o cara do Iguatemi de Floripa? Ou as lavadeiras da Portocred? “Vejam quantos empregos eles criaram”. Escravos!!! Manifestações de solidariedade na TV, colunas de jornal, lágrimas e mais lágrimas nos ternos Armani e bolsas Vitor Hugo.
Enquanto isso, os mortos de fome do tráfico são jogados nas senzalas modernas e não merecem sequer uma lembrança. Pelo contrário, a elite quer mais polícia, mais prisões.
O discurso é eficiente e entorpecente. A cidade é o absurdo dos muros: de um lado a favela, de outro o condomínio de luxo. E o sonho do morador da favela é trabalhar no condomínio, enquanto deveria ser colocar fogo nas diferenças.
A verdadeira educação, libertária, é trocada por um ensino mercadológico e ilusionista. O tal “mercado de trabalho” é uma mentira. Os alunos de escolas e faculdades recebem cérebros pré-fabricados para o consumo de antidepressivos em função do futuro desemprego. Esses pelo menos ainda são considerados os remediados. O povo de verdade não tem nenhuma expectativa.
O paradoxo das elites é que elas incentivam e condenam o caos. Se o lucro da grande empresa diminui de 10 para 9 milhões, a sociedade recebe uma nova leva de desocupados. Ao mesmo tempo, o pânico toma conta dos carros importados através de manchetes sangrentas nos jornais. A lógica é: a empresa demite, o Estado encarcera. Essa mesma elite, com suas festas regadas a champagne e cocaína, fica muito preocupada quando seus bandidos vão para a cadeia. Como pode o grande empreendedor que construiu aquela maravilha da destruição ambiental chamada Costão do Santinho ir para o xadrez? Pior, o cara do Iguatemi de Floripa? Ou as lavadeiras da Portocred? “Vejam quantos empregos eles criaram”. Escravos!!! Manifestações de solidariedade na TV, colunas de jornal, lágrimas e mais lágrimas nos ternos Armani e bolsas Vitor Hugo.
Enquanto isso, os mortos de fome do tráfico são jogados nas senzalas modernas e não merecem sequer uma lembrança. Pelo contrário, a elite quer mais polícia, mais prisões.
O discurso é eficiente e entorpecente. A cidade é o absurdo dos muros: de um lado a favela, de outro o condomínio de luxo. E o sonho do morador da favela é trabalhar no condomínio, enquanto deveria ser colocar fogo nas diferenças.
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