Ontem não publiquei esta tão esperada coluna porque só conseguia pensar em futebol. E como todos sabem minha preferência clubística já podem imaginar o tamanho da flauta que vinha por aí. Resolvi calar.
Mas eis que durante a tarde mantive uma conversa literária com um amigo, basicamente sobre o livro 1984 de George Orwell. Por acaso você, amigo leitor, lembra-se de quando o mundo era dividido entre comunistas e capitalistas? Pois bem, os últimos ganharam a queda de braço. O socialismo morreu. Morreu?
Não sei se vocês percebem, mas tenho a sensação de que este sistema social que vivemos é definitivo, que não existem alternativas para mudá-lo; talvez, no máximo, ajustá-lo para que seja mais eficiente. Penso: quem colocou essa idéia, ou essa percepção, na minha cabeça? Seria por acaso aquela máquina de novilíngua instalada no meio da minha sala? Não, não pode ser. Quase não ligo o aparelho, só para assistir jogos de futebol. Terá sido o papel impresso com novilíngua que recebo em casa? Também não pode ser. Considero-me inteligente o suficiente para não acreditar no que dizem.
E agora, como que eu, um cidadão inteligente o suficiente para não acreditar na novilíngua, que não assiste TV ou ouve rádio, com uma boa média de leitura e em contato com pessoas igualmente inteligentes das mais diversas áreas, tenho essa percepção?
É, meus amigos, 1984 é agora.
Mas eis que durante a tarde mantive uma conversa literária com um amigo, basicamente sobre o livro 1984 de George Orwell. Por acaso você, amigo leitor, lembra-se de quando o mundo era dividido entre comunistas e capitalistas? Pois bem, os últimos ganharam a queda de braço. O socialismo morreu. Morreu?
Não sei se vocês percebem, mas tenho a sensação de que este sistema social que vivemos é definitivo, que não existem alternativas para mudá-lo; talvez, no máximo, ajustá-lo para que seja mais eficiente. Penso: quem colocou essa idéia, ou essa percepção, na minha cabeça? Seria por acaso aquela máquina de novilíngua instalada no meio da minha sala? Não, não pode ser. Quase não ligo o aparelho, só para assistir jogos de futebol. Terá sido o papel impresso com novilíngua que recebo em casa? Também não pode ser. Considero-me inteligente o suficiente para não acreditar no que dizem.
E agora, como que eu, um cidadão inteligente o suficiente para não acreditar na novilíngua, que não assiste TV ou ouve rádio, com uma boa média de leitura e em contato com pessoas igualmente inteligentes das mais diversas áreas, tenho essa percepção?
É, meus amigos, 1984 é agora.
Um comentário:
Que maravilha! ontem mesmo vi o livro 1984 no Guerrilheiros.
Sensacional.
Estou lendo esse texto enquanto separo novilínguas para a rádio. Mas é o trabalho né companheiro?
Beijos e até mais
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