De volta a ativa, me proponho a falar sobre futebol. Nós de Porto Alegre estamos acostumados com nossos times de primeira categoria. Tudo bem, temos aqui um time que gosta de andar pela segunda categoria, mas vá lá, podemos considerá-lo como um igual.
Este costume nos faz esquecer do verdadeiro futebol, aquele que rola nos campos do interior do estado. Pense nos times de Pelotas, Erechim, Bagé, Passo Fundo, Santa Maria, até mesmo de Caxias, e o que vem à cabeça? Estádios precários e vazios, gramados esburacados, falta de recursos, jogadores e jogos ruins.... uma verdadeira semi-várzea.
“Mas os times não são assim tão ruins”, pode pensar o amigo leitor. Digo que pensamos assim porque só assistimos aos jogos da dupla gre-Nal. Todos os adversários dos times da Capital suam sangue para aparecer bem na TV, com jogadores motivados pelo sonho de serem contratados por um grande clube. Entre eles, porém, é o caos.
Fui ver Caxias e 15 de Novembro no último sábado. O Estádio Centenário está bem arrumado, e tem até uma vantagem em relação ao Beira Rio: a cerveja é Skol e está sempre gelada. Nas arquibancadas, umas 1500 pessoas. Claro, estava chovendo. Normalmente vão umas 4000. O gramado em boas condições teria tudo para ser palco de um bom jogo de futebol. Teria.
O Caxias, segundo colocado da chave 1 do Gauchão, joga um futebol burocrático. A preparação física parece abaixo do nível exigido pelo futebol moderno. A zaga e o meio campo jogam em linha, 3-6-1, e não trocam de posições como exige este esquema tático. O pobre do centro-avante Kemps fica isolado no ataque, tentando fazer alguma coisa sozinho.
Já o 15 de Novembro é, provavelmente, pior que o campeão de várzea da Região Metropolitana. Totalmente desorganizado, justifica seus escassos 4 pontos e garantia de rebaixamento.
O que quero dizer com isso? O futebol do interior precisa de apoio. Mais, precisa de visão dos seus dirigentes. Não consigo conceber que os times do interior de São Paulo ganhem rios de dinheiro e os daqui não consigam pagar a luz do estádio. Qual é o segredo? Formação de jogadores, categorias de base. O 15 de Novembro, o Veranópolis, e mais uma maia dúzia de agremiações fecham as portas após o Campeonato Gaúcho. No início do próximo ano contratam 25 atletas que treinam durante um mês e imaginam-se capazes de fazer um milagre. Não conseguem. Vejam o 15: chegou duas vezes á final do campeonato e agora está na segunda divisão. Se tivessem uma boa administração, seriam melhores que os de lá, pois a maioria conta com uma torcida apaixonada.
Se você é do interior, vá ao estádio do time da sua cidade. O futebol pode não ser grande coisa, mas você estará ajudando a manter uma tradição centenária do nosso estado.
Este costume nos faz esquecer do verdadeiro futebol, aquele que rola nos campos do interior do estado. Pense nos times de Pelotas, Erechim, Bagé, Passo Fundo, Santa Maria, até mesmo de Caxias, e o que vem à cabeça? Estádios precários e vazios, gramados esburacados, falta de recursos, jogadores e jogos ruins.... uma verdadeira semi-várzea.
“Mas os times não são assim tão ruins”, pode pensar o amigo leitor. Digo que pensamos assim porque só assistimos aos jogos da dupla gre-Nal. Todos os adversários dos times da Capital suam sangue para aparecer bem na TV, com jogadores motivados pelo sonho de serem contratados por um grande clube. Entre eles, porém, é o caos.
Fui ver Caxias e 15 de Novembro no último sábado. O Estádio Centenário está bem arrumado, e tem até uma vantagem em relação ao Beira Rio: a cerveja é Skol e está sempre gelada. Nas arquibancadas, umas 1500 pessoas. Claro, estava chovendo. Normalmente vão umas 4000. O gramado em boas condições teria tudo para ser palco de um bom jogo de futebol. Teria.
O Caxias, segundo colocado da chave 1 do Gauchão, joga um futebol burocrático. A preparação física parece abaixo do nível exigido pelo futebol moderno. A zaga e o meio campo jogam em linha, 3-6-1, e não trocam de posições como exige este esquema tático. O pobre do centro-avante Kemps fica isolado no ataque, tentando fazer alguma coisa sozinho.
Já o 15 de Novembro é, provavelmente, pior que o campeão de várzea da Região Metropolitana. Totalmente desorganizado, justifica seus escassos 4 pontos e garantia de rebaixamento.
O que quero dizer com isso? O futebol do interior precisa de apoio. Mais, precisa de visão dos seus dirigentes. Não consigo conceber que os times do interior de São Paulo ganhem rios de dinheiro e os daqui não consigam pagar a luz do estádio. Qual é o segredo? Formação de jogadores, categorias de base. O 15 de Novembro, o Veranópolis, e mais uma maia dúzia de agremiações fecham as portas após o Campeonato Gaúcho. No início do próximo ano contratam 25 atletas que treinam durante um mês e imaginam-se capazes de fazer um milagre. Não conseguem. Vejam o 15: chegou duas vezes á final do campeonato e agora está na segunda divisão. Se tivessem uma boa administração, seriam melhores que os de lá, pois a maioria conta com uma torcida apaixonada.
Se você é do interior, vá ao estádio do time da sua cidade. O futebol pode não ser grande coisa, mas você estará ajudando a manter uma tradição centenária do nosso estado.
Um comentário:
Grande Muri!
Seu texto resumiu tudo. Apoie o time da sua cidade! É a única solução para evitar que tudo vire uma "várzea".
Obs: Tu foi ver Caxias X 15 e nem me ligou para tomar uma cerva lá em casa, puta merda!
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