Elvis Presley, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Jack Kerouac, Allen Ginsberg, Che Guevara, Fidel Castro, Vinícius de Moraes, John Lennon, Paul McCartney, Keith Richards, Mick Jaegger, João Goulart, Tim Maia, RAUL SEIXAS, Bob Dylan, Gilberto Freyre, Leonel Brizola, Pelé, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Jimmy Page, Robert Plant. Theodor W. Adorno, Jean Paul Sartre, Hunter Thompson, Gay Talese, Norman Mailer, Falcão, Socrates, Gilberto Gil, Rita Lee, Eduardo Galeano, Mario Quintana, Samuel Weiner, Erico Veríssimo, Paul Stanley, Cazuza, Renato Russo, os Ramones, Andy Warhol, Bob Marley, Magic Johnson, Bebeco Garcia, Humberto Gessinger, Neil Young, Joe Strummer, Slash, Kurt Cobain.
O que têm eles em comum? Todos viveram na segunda metade do século passado e, de alguma forma ou de outra, se tornaram exemplos para quem teve o privilégio de acompanhar suas obras ainda em vida. É obvio que qualquer um pode fazer sua própria lista, já que as personalidades citadas foram aquelas que influenciaram a minha vida. Mas o ponto aqui não é falar de preferências, e sim de referências. Duvido, mas duvido mesmo, que qualquer um consiga dar o nome de uma personalidade atual que se aproxime da grandeza desses personagens. Talvez o Lula presidente.... e basta.
Pobre século XXI. Quais são as causas da sua miséria? A primeira coisa que me vem em mente é o aperfeiçoamento do sistema global de controle. A indústria da desinformação atingiu um grau de tamanha perfeição que não depende mais dos grandes gênios para fazer dinheiro. Assim, poupam o próprio trabalho de desmoralizar uma grande obra, de esvaziar o seu conteúdo. Simplesmente não permitem mais a existência de grandes obras. Mais. Nos fizeram acreditar na impossibilidade do novo. “Tudo já foi feito, tudo já foi experimentado”. Assim nos engessaram nessa prisão, nos condenaram a uma repetição sem fim do mesmo, do que já foi feito e experimentado.
Agora, o que se pode esperar de uma geração sem exemplos? O primeiro raciocínio é negativo, já que observamos nas ruas a falta de qualquer noção estética, a ausência quase absoluta de criatividade, a recusa a qualquer pensamento ou discurso subversivo-utopico. A sociedade do medo conseguiu convencer a grande massa de que fora da vida pré-programada não existe vida.
Mas a lógica filosófica (da filosofia de bar, claro) sabe que o positivo só existe por causa do negativo. A ausência de exemplos também pode ser entendida como liberdade absoluta para as novas gerações. Uma vez libertados do medo, uma vez conscientes da necessidade de novas experiências, se rompe a prisão e se faz girar mais uma vez a roda da história. A esperança é de que ainda tenhamos força para isso e que em breve apareçam novos e belos exemplos para o futuro da humanidade.
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