Desculpem-me os leitores pela falta de textos nos últimos dias. Muita confusão. Mente e corpo chegaram quase ao limite. Pelo menos coletamos novas histórias para novas reflexões. Como essa:
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"Lá na vila onde eu moro, se alguém vai te assaltar já chega um monte de gente dizendo: 'larga o cara, ele é dos nossos'. Mas quando eu venho aqui para o Centro e sou roubado pelas autoridades oficiais vocês, universitários, que se julgam a elite do país, não falam nada, deixam um pobre como eu perder seu ganha pão".
Pois é, tive que ouvir essas verdades do Jorge, vendedor ambulante, garçom da galera que vai curtir um final de tarde no gasômetro. Na mesma hora pensei no pessoal dos carros importados e no fato de que eles não podem mais sair nas ruas. Vejam que paradoxo: os ricos não são livres porque têm medo dos pobres e os pobres não são livres por causa do aparelho repressivo dos ricos.
O Brasil não é um país; são dois, completamente diferentes. Nos shoppings grupos com mais de cinco pessoas podem ser dispersos pela segurança. Imagino a família Johannpeter sendo convidada a se retirar pelos seguranças. No centro das cidades os vendedores de produtos piratas são tratados a base de porrada pelas autoridades. Já os mega-fazendeiros que fazem contrabando de sementes transgênicas são recebidos por governadores, ministros e presidente. Manifestação e confronto nas estradas gaúchas. De um lado agricultores sem terra com enxadas na mão, crianças maltrapilhas, rostos marcados pela fome e miséria; do outro proprietários de camionetes importadas, de terras que a vista não alcança, mansões na cidade e no campo.
É, quem não tem vontade de sair de casa sou eu.
Pois é, tive que ouvir essas verdades do Jorge, vendedor ambulante, garçom da galera que vai curtir um final de tarde no gasômetro. Na mesma hora pensei no pessoal dos carros importados e no fato de que eles não podem mais sair nas ruas. Vejam que paradoxo: os ricos não são livres porque têm medo dos pobres e os pobres não são livres por causa do aparelho repressivo dos ricos.
O Brasil não é um país; são dois, completamente diferentes. Nos shoppings grupos com mais de cinco pessoas podem ser dispersos pela segurança. Imagino a família Johannpeter sendo convidada a se retirar pelos seguranças. No centro das cidades os vendedores de produtos piratas são tratados a base de porrada pelas autoridades. Já os mega-fazendeiros que fazem contrabando de sementes transgênicas são recebidos por governadores, ministros e presidente. Manifestação e confronto nas estradas gaúchas. De um lado agricultores sem terra com enxadas na mão, crianças maltrapilhas, rostos marcados pela fome e miséria; do outro proprietários de camionetes importadas, de terras que a vista não alcança, mansões na cidade e no campo.
É, quem não tem vontade de sair de casa sou eu.
Um comentário:
é...a vida aqui é essa mesma... todo mundo se isolando cada vez mais em grupinhos....uma merda...não tem mais essa de somos todos seres humanos iguais, e temos q respeitar um ao outro.
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