quinta-feira, outubro 04, 2007

Rock é Rock mesmo

Não tenho a prática de reproduzir outros textos nesse blog. Mas este merece:

“O racismo está tão profundamente arraigado nos Estados Unidos que pessoas boas não percebem que suas atitudes são racistas e que estão contribuindo para a revoltante opressão baseada na cor das pessoas. Os criadores e os inovadores da música afro-americana, a única revolução musical importante que ocorreu desde as valsas de Strauss, deviam ser venerados e respeitados. No entanto, Paul Whiteman foi coroado rei do jazz, Benny Goodman, rei do swing, e Elvis Presley, rei do rock’n’roll, enquanto aos gênios negros, como Duke Ellington, Count Basie, Billie Holiday, Joe Turner e Little Richard, que criaram a única forma de música clássica dos Estados Unidos, sempre foi negado reconhecimento em seu próprio país.”

Este parágrafo está no prefácio do livro “A vida e a época de Little Richard”, de Charles White. Vale a pena a leitura. É a própria história do Rock, contada por quem viveu tudo pela primeira vez. Ajuda-nos a entender o porquê da força do Rock’n’Roll e também confirma a teoria de que o que se faz hoje não tem nada a ver com a música original. Rock é rebeldia, contestação, luta, e sim, é coisa de negrão, de pobre.
Fodam-se os playboys do Rock! Fodam-se os bares com preços abusivos! Foda-se a cerveja cara! Fodam-se as gravadoras de discos!
Viva o Rock’n’Roll!!!

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