Primavera. Calor. Pouco, mas já muito depois de neve e temperaturas constantemente abaixo de 0º. Como diz um amigo, quase a aprovar o senso comum, é bela a primavera. Sim. O paraíso das mini-saias. Das sandálias. Dos vestidos. Da cerveja gelada. Chega de vinho. Chega de cerveja quente. Chega de vodka com suco de limão. Cerveja gelada. Bermuda e camiseta. É mais fácil passar mensagens. É o Raul que dá belos discursos sobre a Sociedade Alternativa. Ninguém entende. Mas não é essa a questão. É a intenção. É Led Zeppelin refletindo sobre a origen da identidade masculina. “In the days of my youth I was telling what it means to be a man…”, e coisas do gênero. Lado a lado, entendeu? De preto no sol. Com a maravilhosa cerveja da moeda que custa 50 centavos estupidamente gelada na mão. E o calor. E o sol. E as meninas de biquíni deitadas na grama como se fosse praia. E o futebolzinho de criança com amigos distantes. As praças cheias. Bêbados, mendigos, estudantes. Toda espécie de vagabundos felizes. Violão. Bob Dylan. Fabrizio De André. There is a house in New Orleans in Piazza Verdi. O ar. Livre. Manifesto contra o condicionamento do ar. Basta de condições. Liberdade ao menos para o ar. Que seja quente quando quiser. Que venha a noite. Com ares de embriaguês. Que a vida, que o mundo, seja ar. Dó, Sol, Ré. Gritos. Risos. É a primavera que chega. Em inglês. Em italiano. Palavrões em português para dar risada. Os franceses com frio. As alemãs peladas. As russas. Os bolivianos cada vez mais índios, orgulhosos da pátria de Bolívar. O Brasil nas vitrines. Frutas estranhas. A felicidade de ser simples. É. É a primavera. A primavera.
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