O pessoal anda com problemas sérios. Outro dia ouvi a história do que, talvez, seja um dos mais graves problemas psicológicos já sentidos por uma pessoa. O assunto começou quando eu e o amigo Marco Salvato nos vimos defronte a um cartaz do "IV Encontro Italiano de Lésbicas". Entre os temas que seriam debatidos estavam: sociedade, história, afirmação, psicologia, feminismo. Imediatamente comecei a pensar sobre o universo psicológico de uma verdadeira lésbica. A primeira conclusão é de que deve ser bem parecido com o meu, no sentido de que eu penso cerca de 80% do tempo em mulheres. O resto pode ser dividido em: 15% ao glorioso Sport Club Internacional e 5% sobre os problemas do mundo. Levando em consideração que uma lésbica convicta tenha fortes tendências futebolísticas (não que mulheres femininas não tenham, para deixar bem claro) posso dizer que entendo bem a psicologia de uma lésbica. Depois desse flash de pensamento idiota, o colega toca meu ombro:
- Vou mandar um e-mail sobre esse encontro a um amigo meu.
- Como assim um amigo? O cara tem fetiche por lésbicas?
- Não, ele é uma lésbica.
A situação é complicada. Esse amigo do amigo tem certeza absoluta de que nasceu com a personalidade de uma mulher em corpo de homem. Quando criança brincava de bonecas, usava as roupas da mãe, falava com trejeitos, aquela coisa toda. Mas o problema é que ele não é veado, ele é uma lésbica. Sim, apesar de ter uma alma feminina, sua atração sexual é pelo sexo feminino. Mas será ele gay? Se aplicarmos uma formula lógica a essa questão, podemos concluir de que se trata de um homem normal (não, os veados não são monstros, normal no caso se refere a quem segue a norma geral), já que sua segunda homossexualidade anularia a primeira. Mas como explicar seu impulso feminino? Sim, é um sério problema. O que faria nosso grande Freud em uma situação como essa? Provavelmente se divertiria com suas depravações sobre fase anal, fase oral e outras tantas. Depois receitaria uma dose de cocaína ou heroína por dia para ajustar o regulamento da cabeça. Foi mais ou menos isso que eu disso pro amigo:
- Cara, esse brother aí não tem solução. O negócio pra ele é se drogar.
- Como assim?
- Tu já viu alguém tão conturbado assim que não fosse um bêbado ou drogado?
- É, é verdade.
- E tem mais. Se estiver bêbado nos butecos ele pode até faturar umas minas com esse migué de espírito de lésbica.
- Boa. Acho que até eu vou tentar aplicar esse uma hora dessas.
- Aham.
Resolvido o problema, fomos tomar uma bira e fazer pose de lésbica olhando as belas meninas que começam a mostrar suas pernas na encantadora primavera de Bologna.
Um comentário:
falando de lesbianismo um post das minas bolonhesas de pernas de fora ñ seria nada mal dalhe mauricio
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