É obvio que me inspiro em Lester Bangs. Um dia desses um cara chegou e me jogou na cara essa verdade, como se fosse me ofender. Olhei para ele e disse exatamente isso: "é obvio que me inspiro em Lester Bangs".
Todos temos os nossos heróis. No último texto falei muito de Jim Morrison. Ele é um herói. Comprei o livro, não exatamente o das poesias do Jim, mas uma biografia, escrita por Jerry Hopkins e Daniel Sugerman, cujo nome é Daqui Ninguém Sai Vivo (No One Here Get's Out Alive). Permito-me reproduzir aqui o primeiro parágrafo do prefácio de Sugerman:
"Jim Morrison estava no bom caminho para se tornar um herói mítico ainda em vida - ele era, poucos o contestarão, uma lenda viva. A sua morte, envolta em mistério e numa especulação contínua, completou a consagração, assegurando-lhe um lugar no panteão dos artistas dilacerados e talentosos, que sentiram demasiadamente a vida para conseguirem vivê-la: Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire, Lenny Bruce, Dylan Thomas, James Dean, Jimi Hendrix e outros".
Aí está, um herói. E não há nada de errado em termos nossos heróis. O que seria da minha infância se não fossem os Ramones? Mas meu primeiro herói foi o Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawaii. O primeiro disco que comprei na vida foi o Alívio Imediato. Duas músicas de estúdio, Nau à Deriva e Alívio Imediato. O resto é ao vivo, gravado no Canecão em julho de 1989. Para uma criança com 9 anos de idade, as coisas que o Gessinger fala geram uma interpretação do futuro. Frases como "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante" soam quase proféticas. É uma daquelas frases que não dizem nada, mas passamos boa parte da vida tentando compreender seu sentido e sentimento. Hoje pode parecer banal. No entanto duvido de alguém com mais de 25 anos que não tenha cantado sozinho o refrão de Era Um Garoto... enquanto andava pela rua.
A não ser que sejamos tão loucos quanto um Nietzche, temos heróis que influenciam nossa vida. Não tenho vergonha nenhuma de falar e defender meus heróis. Não quero ser nada além de mim, mas só sou que sou por conta de tudo o que li, ouvi e vivi. Se acham que sou influenciado por Lester Bangs, melhor. É claro que sou.
Todos temos os nossos heróis. No último texto falei muito de Jim Morrison. Ele é um herói. Comprei o livro, não exatamente o das poesias do Jim, mas uma biografia, escrita por Jerry Hopkins e Daniel Sugerman, cujo nome é Daqui Ninguém Sai Vivo (No One Here Get's Out Alive). Permito-me reproduzir aqui o primeiro parágrafo do prefácio de Sugerman:
"Jim Morrison estava no bom caminho para se tornar um herói mítico ainda em vida - ele era, poucos o contestarão, uma lenda viva. A sua morte, envolta em mistério e numa especulação contínua, completou a consagração, assegurando-lhe um lugar no panteão dos artistas dilacerados e talentosos, que sentiram demasiadamente a vida para conseguirem vivê-la: Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire, Lenny Bruce, Dylan Thomas, James Dean, Jimi Hendrix e outros".
Aí está, um herói. E não há nada de errado em termos nossos heróis. O que seria da minha infância se não fossem os Ramones? Mas meu primeiro herói foi o Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawaii. O primeiro disco que comprei na vida foi o Alívio Imediato. Duas músicas de estúdio, Nau à Deriva e Alívio Imediato. O resto é ao vivo, gravado no Canecão em julho de 1989. Para uma criança com 9 anos de idade, as coisas que o Gessinger fala geram uma interpretação do futuro. Frases como "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante" soam quase proféticas. É uma daquelas frases que não dizem nada, mas passamos boa parte da vida tentando compreender seu sentido e sentimento. Hoje pode parecer banal. No entanto duvido de alguém com mais de 25 anos que não tenha cantado sozinho o refrão de Era Um Garoto... enquanto andava pela rua.
A não ser que sejamos tão loucos quanto um Nietzche, temos heróis que influenciam nossa vida. Não tenho vergonha nenhuma de falar e defender meus heróis. Não quero ser nada além de mim, mas só sou que sou por conta de tudo o que li, ouvi e vivi. Se acham que sou influenciado por Lester Bangs, melhor. É claro que sou.
3 comentários:
muri, preciso fazer um comentário: a melhor frase de todas é do teu texto anterior a esse -"Economia não explica a arte da sobrevivência depois do dia 15, quando o cara provavelmente já gastou todo seu dinheiro no bar." adorei.
mas o lester não era tão bom assim...eu sempre diferenciei heróis de ídolos e de deuses...
Heróis pra mim são subcomandante Marcos, Maradona,Pelé, Hugo Chavez, Brizola, pelo que representam...
Ídolos aí sim Jim morrison, Hendrix, rimbaud(quem não queria ter a cara e coragm desse maluco), baudelaire, dostoiéwsky, Elvis, Jesus...
Agora Deuses...aí sim é lugar pra Raul Seixas e só...
"O que seria da minha infância se não fossem os Ramones? Mas meu primeiro herói foi o Humberto Gessinger, dos Engenheiros do Hawaii. O primeiro disco que comprei na vida foi o Alívio Imediato. Duas músicas de estúdio, Nau à Deriva e Alívio Imediato. O resto é ao vivo, gravado no Canecão em julho de 1989. Para uma criança com 9 anos de idade, as coisas que o Gessinger fala geram uma interpretação do futuro. Frases como "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante" soam quase proféticas."
Meu deus! Amei, amei e amei! Sabe que é bem isso, bando de bosta que não admite suas referencias, nossa vida é isso aí, um monte de coisas que nós vemos e adaptamos pra nós.
Bjoooo adorei isso aqui!
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