sábado, dezembro 18, 2010

Noites em branco

Confusão mental. Noites em branco, se é que me entendem. Neve. Frio. Calor. Parece um filme, a vida. Longe do poder e sem poder para poder qualquer coisa. Parece um pouco estranho, mas se acostuma. Dói, mas se acostuma. Longas jornadas de nada e de repente o mundo explode na cara. Contas, gente, livros; nada de filmes. Só uma triste comédia romântica dramática. E lá se vai. Mais um dia. Jantas, vinhos. Conversas jogadas ao ar para que ninguém saiba de onde vêem. Um mistério nada misterioso. Uma certeza que vem cada vez mais clara. Tudo é nada, uma sucessão de nadas. Teclados, guitarra, percussão. Pra que mais. Pra que pensar. Sem domínio de ações concretas. Sonho de algo que pode ter existido em algum tempo passado. Sonho de um futuro que sempre está avante. Avante! Longas esperas. Porque sempre terá algum futuro. Qualquer que seja. Na nostra Latino America. Longe. Na nostra Ásia, nostra África. Longe. Uma Europa que afunda a cada passo nos nativos. Ainda falaremos sobre isso em salas de aula da Austrália. Um pequeno passo para nossa Jamaica. Assim vamos crescendo rumo ao infinito. Da morte. Uma noite sem sono. Sim, eu espero. Não tem problema. Tornaremos. E os vencedores estarão todos debaixo da terra. Um mundo de perdedores. Chegou a hora. Vamos? Sem medo. Eu já disse que ele vem. O futuro. Vamos?

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