O Brasil é um país de especialistas. Todo brasileiro é craque em alguma coisa, além de treinador de futebol nas horas vagas.
Vejam a nossa elite: 500 anos de aperfeiçoamento não foram de graça. “Milionários brasileiros têm meio PIB”. É um clube do qual são sócias 130 mil pessoas, ou 0,07% da população. São os maiores craques do mundo em dominação. Poucos mostram a cara, mas são eles que dão as cartas. A última edição de Carta Capital ressalta a omissão do Governo quando o assunto são os “interesses da minoria, dos tradicionais donos do poder nativo e dos eternos colonizadores estrangeiros”. A bola da vez é a classificação dos programas de TV e o plantio de milho transgênico. O pessoal dos carros importados vive num paraíso climatizado, tecnológico e asséptico.
E o povão? Os brasileiros de verdade são craques mundiais em sobrevivência. Quem ergue os braços e dá graças a Deus por ter um emprego ganha R$ 380. Desses, R$ 193,90 vão para a cesta básica, ou como prefere chamar o Dieese, “Ração Essencial”. Digamos que ele tenha cinco filhos, porque sua mulher nunca sequer sonhou com anticoncepcionais, a ração acaba entre o dia 15 e 20 do mês. Roupas, cadernos, cervejinha, utensílios domésticos, passeio no fim de semana, futebol, tudo é sonho para esse brasileiro. 12,4 milhões de pessoas moram em favelas, que crescem a cada dia.
O grande paradoxo: eles têm medo de nós. Os ricos estão cada vez mais longe do seu próprio país. Vivem em cidadelas cercadas por exércitos particulares. Têm medo de andar na rua, suas próprias ruas.
O paradoxo do paradoxo: nada vai acontecer. O cenário poderia ser o ideal para qualquer tipo de revolução, em qualquer lugar do mundo. Menos no Brasil. O povo Brasileiro só quer viver em paz, tranqüilo e com liberdade. Não queremos poder e luxo.
Tenho duas sugestões para resolver essa situação. Primeiro, para a elite que adora reclamar de seus privilégios: vão morar na Europa. Tem aquele ar retrô-chique e não fica tão descarada sua admiração pelos nossos irmãos do Norte.
Agora para quem fica: vamos legalizar as drogas. Assim poderemos viver do consumo de cannabis e da exportação de jogadores de futebol.
Vejam a nossa elite: 500 anos de aperfeiçoamento não foram de graça. “Milionários brasileiros têm meio PIB”. É um clube do qual são sócias 130 mil pessoas, ou 0,07% da população. São os maiores craques do mundo em dominação. Poucos mostram a cara, mas são eles que dão as cartas. A última edição de Carta Capital ressalta a omissão do Governo quando o assunto são os “interesses da minoria, dos tradicionais donos do poder nativo e dos eternos colonizadores estrangeiros”. A bola da vez é a classificação dos programas de TV e o plantio de milho transgênico. O pessoal dos carros importados vive num paraíso climatizado, tecnológico e asséptico.
E o povão? Os brasileiros de verdade são craques mundiais em sobrevivência. Quem ergue os braços e dá graças a Deus por ter um emprego ganha R$ 380. Desses, R$ 193,90 vão para a cesta básica, ou como prefere chamar o Dieese, “Ração Essencial”. Digamos que ele tenha cinco filhos, porque sua mulher nunca sequer sonhou com anticoncepcionais, a ração acaba entre o dia 15 e 20 do mês. Roupas, cadernos, cervejinha, utensílios domésticos, passeio no fim de semana, futebol, tudo é sonho para esse brasileiro. 12,4 milhões de pessoas moram em favelas, que crescem a cada dia.
O grande paradoxo: eles têm medo de nós. Os ricos estão cada vez mais longe do seu próprio país. Vivem em cidadelas cercadas por exércitos particulares. Têm medo de andar na rua, suas próprias ruas.
O paradoxo do paradoxo: nada vai acontecer. O cenário poderia ser o ideal para qualquer tipo de revolução, em qualquer lugar do mundo. Menos no Brasil. O povo Brasileiro só quer viver em paz, tranqüilo e com liberdade. Não queremos poder e luxo.
Tenho duas sugestões para resolver essa situação. Primeiro, para a elite que adora reclamar de seus privilégios: vão morar na Europa. Tem aquele ar retrô-chique e não fica tão descarada sua admiração pelos nossos irmãos do Norte.
Agora para quem fica: vamos legalizar as drogas. Assim poderemos viver do consumo de cannabis e da exportação de jogadores de futebol.
Um comentário:
Boa, muito boa.
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