Agora que sou jornalista, tenho tempo de sobra para descobrir novas leituras. A mais recente é o livro Ó Jerusalém, de Larry Collins e Dominique Lapierre. A obra conta a história da formação do Estado do Israel e todos os conflitos que daí decorreram. Apenas uma pergunta ronda minha mente durante a leitura: por que ambos os povos precisam de um Estado religioso?
Na cabeceira da minha cama está O Sol é Para Todos, de Nelle Harper Lee. É uma obra autobiográfica na qual a autora conta parte de sua infância no Alabama. A história é meio água com açúcar, mas é importante para percebermos o quanto o racismo era (como se ainda não fosse...) forte nos Estados Unidos. Para quem não sabe, Harper Lee era amiga de infância de Truman Capote e foi sua assistente durante as pesquisas que resultaram no livro A Sangue Frio.
Já na mochila, está o Cartas Abertas ao Presidente, de Norman Mailer, uma verdadeira aula de jornalismo. Fora a tiração de onda e o humor cáustico que permeiam todos os ensaios do livro, Mailer faz constatações importantes sobre a imprensa. A certa altura ele afirma que os jornais deixaram de simplesmente mostrar os fatos e passaram a fabricar as notícias. Este fato, que muitos ainda não conseguem ver, já era evidenciado por ele em 1963.
Por fim, sigo com meus estudos anarquistas, agora com o clássico Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria, de Pierre-Joseph Proudhon. Estou ainda no início do Tomo I, mas já posso visualizar importantes questões, como a noção de valor e de força de trabalho. E assim encerro essa breve postagem literária:
“Toda a propriedade é um roubo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário